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Ataque “reforça necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, diz Barroso
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Nesta quinta-feira (14h), ministro fez discurso institucional na abertura do STF, alvo de ataque terrorista na noite anterior;
- Por Camilla Ribeiro
- 14/11/2024 17h16 - Atualizado há 1 mês
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, mencionou pela primeira vez nesta quinta-feira (14) os ataques à bomba na Praça dos Três Poderes.
Segundo Barroso, o ataque reforça a necessidade de “responsabilização de todos que atentem contra a democracia”.
Durante discurso institucional, Barroso ainda disse que a sociedade necessita refletir em relações aos últimos acontecimentos.
“No curso das apurações, nós precisamos – como país e como sociedade – fazer uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós. Onde foi que nós perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio, da agressividade e da violência?”, relatou o ministro.
Além disso, o presidente do STF agradeceu às forças de segurança pela atuação “correta e corajosa” ao enfrentar a situação.
O que aconteceu
Na noite de quarta-feira (13), duas explosões intensas ocorreram nas mediações do Supremo Tribunal Federal (STF).
No local, foi encontrado o corpo de um homem, posteriormente, foi identificado como Francisco Wanderley Luiz.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também afirmou a explosão de um carro, pertencente a Francisco, no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
O responsável pelas explosões, conhecido como Tiü França, o ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina.
Em comunicado, o PL de Santa Catarina informou que “reafirma sua posição contra qualquer ato de violência que fira pessoas ou ameace as instituições democráticas”.
Ademais, o partido disse que defende “firmemente o equilíbrio entre os poderes da República” e que “nossas bandeiras sempre serão pautadas na defesa de democracia”.
De acordo com as informações preliminares, Francisco Wanderley já havia passagem pela polícia e em dezembro de 2012 foi preso.
Ele é o dono do veículo achado na cena do crime.
As autoridades passaram a noite inteira conduzindo uma operação de varreduras antibombas na área.
A polícia também trabalhou para desativar os artefatos presos no corpo do indivíduo, que permaneceu no local do atentado até a manhã de quinta.
Depois das explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo — que autorizou a atuação do Exército nos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto sem uma operação formal de Garantia da Lei e da Ordem.
A Polícia Federal (PF) iniciou um inquérito policial para investigar a situação.